Presidente da Nissan renunciará no dia 16 de setembro, diz montadora


Hiroto Saikawa admitiu na semana passada ter recebido pagamentos indevidos. De acordo com a empresa, objetivo da saída é "passar o bastão" para uma nova geração de líderes. Hiroto Saikawa, presidente da Nissan Issei Kato/Nissan A Nissan anunciou nesta segunda-feira (9) que seu presidente-executivo, Hiroto Saikawa, vai renunciar ao posto na próxima segunda (16). De acordo com o presidente do conselho da montadora, Yasushi Kimura, o objetivo é "passar o bastão" para dirigentes mais novos. "Saikawa recentemente indicou sua inclinação a renunciar e, de acordo com seu desejo de passar o bastão para uma nova geração de líderes da Nissan, ele renunciará em 16 de setembro", disse Yasushi Kimura à agência de notícias Reuters. Na semana passada, Hiroto Saikawa admitiu ter recebido pagamentos superiores ao que lhe correspondia, que era baseado nas altas das ações do grupo japonês (veja mais abaixo). O atual diretor de operações do grupo, Yasuhiro Yamauchi, assumirá o cargo interinamente, e o comitê de nomeação do Conselho de Administração planeja nomear um sucessor para Saikawa "antes do final de outubro", afirmou Kimura. Pagamentos indevidos Hiroto Saikawa, que assumiu a direção executiva da Nissan em 2017, no lugar de Carlos Ghosn, admitiu na semana passada à imprensa japonesa ter recebido uma remuneração superior a que lhe correspondia. Escândalo Carlos Ghosn: o que se sabe até agora "Recebi uma retribuição sob uma forma que não corresponde às normas em vigor. Acreditava que era fruto de um procedimento correto", declarou Saikawa à imprensa, segundo a agência de notícias Jiji. Saikawa pediu perdão "pela perturbação provocada" e garantiu que vai devolver o dinheiro recebido indevidamente. Os pagamentos questionados foram realizados com base no mecanismo conhecido como "stock appreciation rights" (SAR), pelo qual os dirigentes podem receber um prêmio em dinheiro vinculado ao aumento do valor da ação do grupo durante um período definido. Saikawa assumiu a presidência da Nissan no ano anterior à prisão de Ghosn, que aconteceu em novembro passado. O executivo brasileiro foi indiciado por violações financeiras, mas negou irregularidades, dizendo que foi vítima de um complô por parte da direção da montadora. Em abril último, Ghosn foi solto, sob fiança, e agora se prepara atualmente para seu julgamento, previsto para 2020.

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