Presidente da Volkswagen é indiciado na Alemanha por fraude de emissões


De acordo com procuradoria, ele e outros dois executivos da marca agiram intencionalmente ao não informar os investidores a tempo sobre o impacto financeiro do escândalo. Presidente da Volkswagen, Herbert Diess Reuters/Ralph Orlowski Procuradores alemães apresentaram nesta terça-feira (24) acusações criminais de manipulação do mercado de ações contra executivos da Volkswagen, devido ao escândalo da fraude de emissões de poluentes da montadora, o "Dieselgate". Foram acusados o presidente da Volkswagen, Herbert Diess, o ex-presidente Martin Winterkorn e o presidente do conselho, Hans Dieter Poetsch. De acordo com a procuradoria de Braunschweig, cidade do norte da Alemanha, eles agiram intencionalmente ao não informar os investidores a tempo sobre o impacto financeiro do escândalo. Na época do escândalo, as ações da empresa perderam 37% do valor do escândalo. Um dos argumentos das acusações é de que, se os investidores tivessem sabido sobre a fraude da VW, poderiam ter vendido as ações mais cedo ou evitado fazer aquisições. Existem processos em andamento devido à admissão da empresa, em 2015, de que usou um software de controle de motores ilegal para burlar testes de emissões de poluentes. O indiciamento dos procuradores de Braunschweig é parte de uma investida legal separada para julgar executivos devido a alegações de que adiaram a revelação do escândalo aos investidores. O advogado de Diess disse em um comunicado que o CEO não poderia ter previsto a reação negativa do mercado financeiro e que continuará em seu cargo sem impedimentos. Winterkorn, o ex-presidente da marca, renunciou dias após o surgimento do escândalo. No início de 2017, ele disse a parlamentares alemães que não soube da fraude antes de a VW admiti-la oficialmente.

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