Prefeitura de SP impede ônibus por aplicativo de circular na capital
A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) alega que o serviço oferecido pela empresa Metra e pela startup UBus não está credenciado. A Metra e a UBus dizem que possuem todas as autorizações necessárias. Os ônibus são do modelo Paradiso 1050, com chassi Mercedes-Benz O500, com motor traseiro e capacidade para 46 passageiros sentados. Divulgação A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender os serviços do ônibus sob demanda via aplicativo na capital, nesta terça-feira (1). Em nota, a prefeitura informou que o serviço, que teve início no dia 25 de setembro, não tinha autorização para circular na cidade e é, portanto, “clandestino”. A empresa Metra, responsável pela linha 376, informou que possui todas as autorizações para circular entre São Bernardo, no ABC Paulista à Zona Sul de São Paulo. Segundo eles, todos os veículos são novos e estão em perfeitas condições para operar. A Metra afirma que os ônibus da frota chegaram a ser apreendidos e retirados de circulação. A prefeitura diz que “credenciamento visa garantir a segurança dos munícipes e prevenir a ocorrência de acidentes.” A Metra e o aplicativo UBus possuem autorização da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para circular. No entanto, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) diz que a autorização da EMTU não significa que os ônibus possam rodar pelo município de São Paulo. A UBus informa que é “apenas uma empresa de tecnologia, criada para fazer a ponte entre passageiros e operadoras de transporte legalizadas” e que cabe à concessionária prestar todo o serviço de transporte. Segundo o aplicativo, para uma empresa “se tornar parceira da UBus, a operadora deve ter a concessão pública na área de transporte coletivo e toda a documentação necessária para exercer a atividade, como é o caso da Metra, na linha 376.” Tecnologia Os Ônibus sob demanda via aplicativo começaram a circular no último dia 25 na Grande São Paulo, no Corredor 376-SBC. Eles saíam do Terminal Metropolitano de São Bernardo em direção a Avenida Luís Carlos Berrini, na Zona Sul da capital. Os passageiros podiam escolher onde querem embarcar e desembarcar. O valor é único, R$ 14,50, ou três vezes mais que a tarifa dos ônibus da Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU) que fazem o mesmo percurso, ao custo de R$ 4,80. Os passageiros podiam reservar as poltronas e pagar a tarifa pelo celular. Os ônibus têm wi-Fi e ar-condicionado. Para atrair usuários, a Metra, que opera a linha, cita também a economia de dinheiro. O cálculo da empresa é quem usa esse ônibus por aplicativo vai gastar, em um ano, R$ 7 mil a menos do que gastaria se percorresse a mesma distância de carro. Sob supervisão de Cíntia Acayaba*
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