Honda confirma 39 casos de rompimento nos 'airbags mortais' no Brasil; em 16 houve feridos


Primeira morte por ferimentos de airbag defeituoso foi registrada no país. Falha de fornecedora está relacionada a dezenas de mortes no exterior e causou o maior recall da história, conhecido como 'airbags mortais'. Airbag defeituoso da Takata pode lançar pedaços de metal contra ocupantes dos veículos REUTERS/Joe Skipper Depois de confirmar a primeira morte por ferimentos relacionados aos "airbags mortais", a Honda atualizou para 39 o número de ocorrências de rompimento do insuflador de airbags da Takata no Brasil, em diferentes modelos de carros da marca. Em 16 deles, houve feridos. A informação foi obtida pelo G1 neste sábado (15). Em setembro de 2018, a Honda havia dito que eram 28 casos, sendo que em 11 deles, ocupantes ficaram feridos. A primeira morte causada pelos "airbags mortais" no Brasil foi comunicada pela Honda na última sexta-feira (14). O acidente, segundo a fabricante, ocorreu no Rio de Janeiro, em 27 de janeiro, envolvendo um Civic 2008. A perícia, de acordo com a empresa, "determinou que houve a ruptura anormal do insuflador do airbag Takata, causando ferimentos que levaram à morte do motorista." O Civic 2008 não havia passado pelo recall comunicado em 2015, que alertava para a possível falha na bolsa do motorista. A Honda não informou a identidade da vítima. Mortes pelo mundo Além da Honda, outras 14 marcas convocaram recalls para trocar o equipamento defeituoso no país (veja todos os chamados). Esses airbags da Takata estão ligados a 22 mortes nos Estados Unidos, na Austrália e na Malásia, e provocaram o maior recall da história. O caso ficou conhecido como o dos "airbags mortais". A Takata revelou o defeito em 2013. Insuflador Desde então, somente no Brasil, mais de 2 milhões de carros, de 15 diferentes marcas, foram chamados para a troca da peça defeituosa desses airbags, chamada insuflador. O insuflador é uma espécie de caixa metálica que abriga o gás que faz a bolsa de ar inflar. O defeito nessa peça causa uma abertura forte demais quando o airbag é acionado. Além disso, a falha gera trincas no insuflador e, com a explosão do airbag, ele se estilhaça, atirando pedaços de metal contra os ocupantes, causando ferimentos que podem ser fatais e já foram comparados a facadas. Entenda o caso dos 'airbags mortais' da Takata; Brasil tem recalls Ações inéditas A Honda afirmou ainda que vem "liderando uma série de iniciativas pioneiras para elevar o índice de atendimento da campanha" de recall, enumerando as ações. A montadora informa que realizou ações além das obrigatórias por lei, como veiculação nacional de vídeo em TV aberta para alerta aos clientes, parcerias com os Detrans de São Paulo e Paraná e com seguradoras, para alcançar os donos atuais dos veículos, entre outras iniciativas. Initial plugin text

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