Dono de carro recuperado pela polícia 27 anos após furto diz que não quer buscar o veículo no Paraná: 'Não vale a pena'
Verona foi furtada em 1992 em São Paulo e recuperada no sábado em Foz do Iguaçu. 'Só o frete dá o valor dele', diz proprietário. Dono de carro recuperado após 27 anos não pretende ir buscar o automóvel O dono do carro que foi encontrado 27 anos depois de ter sido roubado diz que não pretende recuperar o veículo. O carro, um Verona, foi roubado em 1992 e recuperado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no sábado (10), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. “Não dá. Só o frete é o valor dele”, diz Rui Galizi, que gastaria em média R$ 4 mil para levar o veículo de Foz para São Paulo. “Além disso, teria que colocar toda a documentação em dia. Não vale a pena. Então, pra mim, esquece. É uma boa história pra contar.” O documento do carro está em algum lugar no depósito da casa dele. “Eu tenho mania de guardar coisa velha e aí ele tá nesse bolo aqui.” A imagem do Verona também estava escondida, no fundo da memória de Rui. “Se eu vejo esse carro na rua não reconheço com certeza. Já estava fora da minha lembrança. Mas a minha esposa olhou e reconheceu.” O Zé Trovão, como foi batizado na época, passou dois meses com os Galizis até ser furtado e levado a atravessar a fronteira do país e começar uma vida nova com uma família paraguaia. Foram três gerações lá até ser flagrado na Ponte da Amizade. Este ano, 65 veículos brasileiros foram recuperados na região da fronteira. Carro era licenciado no Brasil e tinha alerta de furto registrado em abril de 1992 PRF/Divulgação A última vez que o seu Rui viu o carro, ele estava estacionado em uma rua da Zona Oeste de São Paulo. “Aqui sempre roubam muito carro”, diz Guilherme, um dos quatro filhos de Rui. Ele tinha 16 anos na época do furto. “Já roubaram mais de um carro nosso aqui, roubaram uma caminhonete que meu pai tinha, um carro do meu irmão, o meu carro depois.” Rogério Santos, diretor da carteira de automóveis da Sompo seguros, diz que a taxa de recuperação de um veículo acontece no primeiro e no segundo dia. “Após 60 dias a gente tem menos de 1% de recuperação de veículos. Para mim é uma situação muito inusitada.”
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