GM anuncia férias coletivas por prevenção ao coronavírus na fábrica de São José dos Campos


Medida, divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos e confirmada pela montadora, abrange também as demais plantas da montadora no Brasil. GM anuncia férias coletivas por prevenção ao coronavírus na fábrica de São José dos Campos Camilla Motta/ G1 A General Motors (GM) vai dar férias coletivas para os funcionários da fábrica de São José dos Campos (SP) como forma de prevenção ao coronavírus. A medida, divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos e confirmada pela montadora, abrange também as demais plantas da empresa no Brasil - em São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC). O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que as férias coletivas vão durar de 30 de março a 12 de abril. Na fábrica trabalham cerca de 3,8 mil funcionários. Em nota, a GM, que é dona da Chevrolet, líder de mercado no Brasil, disse que a medida foi tomada "com o objetivo de ajustar a produção à demanda do mercado". Segundo o sindicato, até a data de início das férias coletivas os funcionários da parte administrativa da montadora ficarão trabalhando de casa, em sistema de home office e os colaboradores que fazem parte do grupo de risco, como profissionais com mais de 60 anos e portadores de doenças crônicas, ficarão em licença remunerada. Outras fábricas em São José O Sindicato dos Metalúrgicos divulgou também que a Ericson e a Hitachi colocaram nesta terça-feira (17) parte dos trabalhadores em home office e deixaram trabalhadores do grupo de risco em licença remunerada. Assim como a GM, a Hitachi, que tem cerca de 300 trabalhadores, também adotou férias coletivas por 14 dias a partir de 30 de março. Além disso, a empresa colocou profissionais que fazem parte do grupo de risco em licença remunerada desde terça-feira (17) e trabalhadores da parte administrativa começaram a trabalhar de casa em home office. Já na Ericson, que tem cerca de 660 trabalhadores em São José, somente a parte administrativa ficará em home office e profissionais que fazem parte do grupo de risco terão licença remunerada. Os demais funcionários continuarão trabalhando normalmente. A medida é por prazo indeterminado e visa prevenir a contaminação por coronavírus. O que diz o sindicato O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Weller Gonçalves, informou ao G1 que, apesar dos anúncios das medidas, as empresas precisam agir de forma mais urgente e antecipar as medidas. “Não tem como os funcionários continuarem indo para as fábricas, com esse surto de coronavírus. As empresas precisam tomar medidas mais urgentes e parar tudo o quanto antes”, disse o diretor sindical. Ainda segundo o Weller, o sindicato está cobrando outras empresas de colocarem os funcionários em licença remunerada, porque se os funcionários não forem dispensados, as medidas do governo não serão eficazes. “Do que adianta as prefeituras dispensarem as crianças das aulas e os pais continuarem indo trabalhar? Com quem eles vão deixar os filhos? Eles podem acabar contraindo a doença e levando o vírus pra casa”, disse. O G1 acionou a Hitachi e a Ericson e aguardava retorno até a publicação da reportagem.

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